Professor Investidor

Foto por Tima Miroshnichenko em Pexels.com

Talvez você, como eu, ao abrir o Instagram e ver seus Stories ou Reels receba posts patrocinados sobre cursos e/ou empresas de investimentos. Geralmente é chamando nossa atenção para o quanto nós precisamos aprender a investir, que nosso dinheiro pode trabalhar para nós, etc… etc…

Então você decide entender um pouco mais sobre isso, e um mundo… melhor, um universo se abre e você vê quantas maneiras distintas existem para começar, quantas opções possíveis se colocam diante de ti e então, para dar os primeiros passos, você começa a entender alguns conceitos básicos, como investimentos de curto, médio e longo prazo e seus riscos.

Por que estou falando disso? Ontem estava conversando com alguns colegas aqui na escola sobre o preço de alguns livros na versão digital e física e a conversa acabou concluindo com um pensamento comum a todos: Livro é um investimento, e por extensão, chegamos à ideia de que Educação é um investimento. E refletindo mais sobre isso, acabei fazendo um link com esse mundo dos investimentos e surgiu uma pergunta específica: como eu tenho enxergado a educação: um investimento de curto, médio ou longo prazo?

Acho que durante o início da carreira, eu enxergava mais como Médio Prazo, isto é, o resultado viria entre 3, 5 ou 8 anos. “Porque lá no futuro, quando vocês fizerem o vestibular…” ou então “Quando você for fazer um concurso ou entrevista de emprego…” eram pensamentos comuns nas minhas falas com os alunos. Projetava o resultado do processo para frente, com certa distância de onde nos encontrávamos, e esperava que o adolescente compreendesse e tivesse toda a paciência necessária para isso. O curto prazo não era observado e o longo prazo, ignorado!

Depois de 15 anos como docente (17, se contar o tempo de estágio), hoje percebo que a educação pode ter, sim, resultados de curto, médio e longo prazo. Mas para isso, como qualquer investidor, nós professores precisamos “observar o mercado“, compreender e prever as “tendências“, estudar meus “concorrentes“, ser criativo e inovador e ARRISCAR nos meus alunos.

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Se o mundo de hoje não é o mesmo que o de 5 anos atrás, calcule se será parecido com o de 10 ou 15 anos atrás!!! Minha conclusão: é imperativo que desenvolvamos essas habilidades de investidor enquanto professores atuantes hoje; é imperativo ver que a Educação tem resultados de curto, médio e longo prazo que não podem ser ignorados por nós; é imperativo que haja espaço para o erro, oportunidade de recomeço e prontidão para arriscar no potencial dos nossos alunos, mesmo que estes não se vejam capazes.

Posted on 14 de Abril de 2022, in educação, opinião and tagged , , . Bookmark the permalink. Deixe um comentário.

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